Textos que já enviei: mar sem sol
Assunto: O sol que em mim está
Querido X
Você me pergunta o porquê de eu ir a praia constantemente. Mesmo quando não há sol, o porquê de eu fazer isso comigo mesma.
Vou à praia pelo mar, não pelo sol. O sol se torna secundário, pois sinto que, de certa maneira, ele precisa estar em mim. Não posso depender de elementos externos, como o sol, para conseguir ir a espaços. Nunca fui a pessoa que espera o clima para procurar satisfazer algo em mim. Não diria desejo, visto que esse termo parece carnal e, por isso, um pouco frívolo. O que sinto é algo que se justifica de todas as formas possíveis, já que analiso de maneira racional previamente, durante e depois e mesmo assim não vejo motivos para me impedir. Além disso, há satisfação interna com esse tipo de atitude. São os quinze segundos durante a apresentação de um projeto trabalhoso, os primeiros minutos durante um mergulho ou os segundos nos quais sinto o vento mexer com meus cabelos diante o mar. Isso me cativa.
Nesses pequenos trechos da vida vejo que ela talvez valha a pena e, por isso, continuo me colocando em situações assim. Tipos de experiências que tendo a não me recordar depois de um tempo, mas tornam a vida a curto prazo interessante. Quase tão interessante quanto as pessoas.
Quanto a você, o que faz para tornar a vida interessante e válida para viver?
Att, Alexya Milagre
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